Rubens Paiva, santista morto pela ditadura, vive em edifícios assinados por ele

Fonte: G1 / Fotos: Câmara de Santos

O engenheiro e deputado federal Rubens Paiva, cassado, preso e morto pela ditadura militar, voltou a ser lembrado pelo filme “Ainda Estou Aqui”, que teve três indicações no Oscar: Melhor filme estrangeiro, melhor atriz e melhor filme, mas em Santos, onde nasceu, é diariamente lembrado. Ele assinou o projeto de dois edifícios na cidade, o ‘Portofino’ e o ‘Portovelho.

Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, que interpreta Rubens Paiva, o primeiro filme original do Globoplay narra a história do desaparecimento do ex-deputado, sequestrado em 1971 por agentes da ditadura militar. A trama também acompanha a luta da viúva, Eunice Paiva, para criar seus cinco filhos e obter o reconhecimento oficial de que ele foi assassinado na prisão.

Nascido em Santos em 26 de dezembro de 1929, Rubens Paiva morou por alguns anos no bairro Boqueirão e estudou no antigo Colégio Santista, no bairro Vila Nova. Formado Engenharia Civil em 1954 em São Paulo, fundou a Paiva Construtora.

Entre os edifícios que fazem parte da história de Santos, destaca-se o Portofino, inaugurado em 1964 na esquina das avenidas Presidente Wilson e Senador Pinheiro Machado, próximo ao Canal 1, cuja responsabilidade técnica foi de Rubens Paiva.

Outro marco de Rubens Paiva na história de Santos é o edifício Portovelho, também projetado por ele, localizado na Avenida Presidente Wilson, no bairro Gonzaga.

Rubens Paiva não é lembrado apenas pelos seus projetos de edifícios. Em 1992, ele foi homenageado com o nome de um terminal urbano de integração de passageiros, no Valongo, o que ajudou a perpetuar o legado na cidade.