Fonte: Agência O Globo
Lideranças petistas próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciaram uma articulação para convencer o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a disputarem a eleição em São Paulo no próximo ano. Ambos, porém, resistem.
O plano é ter Alckmin concorrendo ao Executivo para aproveitar o seu recall de ter governado o estado por quatro vezes, enquanto o titular da pasta responsável pela condução da economia tentaria uma das vagas ao Senado. Na avaliação desse grupo, não há outro nome além do atual vice-presidente que possa fazer frente a Tarcísio de Freitas (Republicanos), possível candidato à reeleição.
O vice-presidente venceu três eleições no estado, em 2002, 2010 e 2014 (em 2001, era vice e assumiu após a morte de Mário Covas). Para lideranças do PT, um palanque forte no maior estado do país é fundamental para Lula, caso o presidente decida mesmo tentar um novo mandato.
Além de garantir um palanque, a entrada de Alckmin na disputa significaria uma solução para liberar o posto de vice da chapa de Lula. A vaga é considerada fundamental para atrair o MDB para a aliança. O governador do Pará, Helder Barbalho, vê com bons olhos ser o parceiro de chapa do atual presidente, e os petistas o consideram favorito ao posto.
Apesar da estratégia, Alckmin, segundo um aliado, não cogita a hipótese de concorrer a governador. O ex-tucano tem dito que não houve até agora qualquer conversa sobre o assunto e que está bem na condição atual.
Petistas dizem que a única pessoa em condições de tratar com Alckmin sobre o tema é o próprio Lula, e que isso deve ocorrer mais para frente, quando o cenário eleitoral estiver mais claro.
“O que o PT quer é isso (Alckmin como candidato a governador). O que o PSB quer é a manutenção dele na chapa no lugar que ele se encontra hoje (como vice). Tem essa pequena diferença”, ironiza o presidente do PSB, Carlos Siqueira.
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