O ex-deputado federal José Genoíno (PT-SP) esteve na manhã desta quarta-feira (30) no campus da Unesp-Bauru para participar do Ciclo 60 anos do Golpe Civil-Militar no Brasil: reflexões sobre as cicatrizes do passado e violação de direitos humanos.
Convidado pela Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC/Unesp), Genoíno, um dos sobreviventes do Golpe, disse que esse movimento autoritário foi unicamente militar, e não civil-militar como prega a literatura. Ele criticou o governo Lula, que não recordou essa época triste da história brasileira. “Não relembrar o golpe de 64 foi um erro do atual governo Lula do qual eu defendo”.

Diante de dezenas de estudantes universitários e militantes de centro-esquerda, Genoíno também criticou a falta de perspectiva para o futuro. “O futuro é obscuro e, por isso, a juventude precisa voltar a ter esperança”, afirmou Genoíno, que teve sete mandatos como deputado federal e foi um dos fundadores do PT.
Genoíno também defendeu uma ampla reestruturação e modernização do PT. “Precisamos oxigenar o partido e resgatar a militância e os movimentos sociais. Vou trabalhar para isso”, declarou ele, classificando-se como militante e que não tem atualmente nenhum cargo na Executiva Nacional do PT.