O Plenário do Senado realizou sessão especial na manhã desta quarta-feira (16) para celebrar o Dia do Médico, comemorado em 18 de outubro em referência ao Dia de São Lucas, padroeiro da medicina.
Na abertura da solenidade, o senador Dr. Hiran (PP-PR) afirmou que a medicina é uma vocação, um chamado permanente para servir ao próximo com o propósito de aliviar o sofrimento humano e promover a saúde e o bem-estar geral.
— Que o Dia do Médico, o nosso dia, seja um momento de profunda reflexão sobre a importância da saúde, da medicina e daqueles que dedicam suas vidas a cuidar do próximo. Felicito os mais de 570 mil médicos brasileiros pelo transcurso do nosso dia, que essa data sirva para promover a convergência de esforços em torno da medicina e da saúde no nosso país, viva os médicos brasileiros — disse o senador.
Presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, afirmou que o SUS é uma referência internacional em termos de modelo de atendimento, mas carece de investimentos e gestão capazes de tornar efetivos os princípios da universalidade e da integralidade na assistência previstos na Constituição de 1988. “A equidade deve ser exercida na plenitude, sem criar cidadãos de primeira e segunda categoria”, enfatizou.
Lúcia Santos, presidente da Federação Nacional dos Médicos, corroborou o argumento apresentado pelo presidente da CFM.
Presidente da Associação Médica Brasileira, César Eduardo Fernandes se mostrou preocupado com a qualidade da formação médica e fez um alerta para a quantidade de escolas médicas. “Temos problemas gravíssimos na formação do médico brasileiro. Houve uma irresponsabilidade de fazer um número desenfreado de escolas médicas. No final do ano passado eram aproximadamente 400 escolas médicas, hoje são quase 500. Os Estados Unidos têm 200 escolas médicas há muitos anos. A Índia, que tem a população seis vezes maior do que a nossa, têm 600 escolas médicas. É uma desproporção brutal nesses números aqui, escolas sem as mínimas condições”, finalizou.
Fonte: Agência Senado