Maysa Furlan será a primeira mulher a ser empossada como reitora da Unesp

Foram publicadas, no Diário Oficial do Estado, as nomeações da professora Maysa Furlan e do professor Cesar Martins para exercerem os cargos de reitora e de vice-reitor da Unesp no período entre 2025 e 2029.

O registro no livro em que são publicados os atos oficiais do executivo paulista representa o endosso do governador do Estado, Tarcísio de Freitas, ao processo eleitoral conduzido pela instituição ao longo do mês de outubro. No pleito, a chapa “Unesp Sempre Viva e Plural”, representada pelos dois professores, sagrou-se vencedora ainda no primeiro turno, tendo recebido 67,61% dos votos válidos.

Ao longo dos próximos quatro anos, Maysa Furlan, que será a primeira mulher da história eleita e empossada como reitora da Unesp, e Cesar Martins irão dirigir uma instituição que compreende, atualmente, quase 50 mil estudantes e mais de oito mil servidores, entre docentes e técnico-administrativos, além de gerenciar um orçamento, em sua maior parte repassado pelo governo estadual, que gira em torno de R$ 4,5 bilhões por ano.

Maysa Furlan, docente de Química do câmpus de Araraquara, que se prepara para assumir a reitoria da Universidade Estadual Paulista (Unesp), manifestou a intenção de estabelecer uma nova pró-reitoria voltada à inclusão e permanência estudantil. Este órgão terá o objetivo de intensificar o foco em ações afirmativas, abrangendo áreas como inclusão social, saúde, atividade física e alimentação saudável.

A Unesp está em processo de discussão sobre a implementação de cotas para pessoas com deficiência e transsexuais, medida que, segundo Maysa, deverá ser concretizada em breve. Este movimento segue exemplos recentes das universidades Federal de São Paulo (Unifesp) e de Brasília (UnB), que introduziram cotas para pessoas trans, e da Estadual de Campinas (Unicamp), que adotou cotas para pessoas com deficiência.

Em relação ao financiamento universitário, a futura reitora expressou confiança na capacidade de negociação com o governo estadual, liderado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), mesmo após tentativas de flexibilização no repasse de verbas às universidades estaduais.