O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) acatou a denúncia do Ministério Público e tornou réu o ex-presidente da Apae Bauru, Roberto Franceschetti Filho, pela morte de Claudia Regina da Rocha Lobo, secretária-executiva da entidade.
Preso desde 15 de agosto, Franceschetti foi indiciado pela Polícia Civil de Bauru por homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, por traição (uma vez que criou uma história para atraí-la e depois tirar a vida dela), e por tentar ocultar outro crime (possíveis desvios financeiros na entidade).
Ele também responderá na Justiça por ocultação de cadáver e fraude processual. Também foi indiciado por estes dois crimes Dilomar Batista, que teria ajudado a descartar o corpo de Claudia. O delegado titular da 3.ª Delegacia de Homicídios (3.ª DH) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), Cledson Luiz do Nascimento, que presidiu o inquérito, chegou a requerer à Justiça a prisão de Dilomar durante a investigação, mas o pedido foi negado.
Segundo o delegado,, embora o aspecto financeiro esteja sob sigilo e sob apuração do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), já existem elementos que demonstram desvios nos cofres da Apae.
Para ele, não atrapalhou nas investigações a ausência, até o momento, dos resultados de DNA sobre os fragmentos de ossos encontrados no local onde o corpo da secretária teria sido ocultado.
O delegado citou o fato de Claudia Lobo ter entrado com vida no carro, de a Polícia Civil ter encontrado uma quantidade razoável de sangue comprovadamente dela, além de depoimento de Dilomar dizendo que foi orientado a dar fim ao corpo da secretária-executiva.