Ex-prefeito de Bariri é detido em flagrante por guardar munição de uso restrito

Fonte: Jornal Candeia de Bariri

O ex-prefeito de Bariri, Abelardo Maurício Martins Simões Filho, foi detido em flagrante na manhã desta quarta-feira (18).

O motivo é que policiais militares do Baep encontraram na residência onde ele mora, no Jardim Maria Luíza, em Bariri, três cartuchos de 7,62 mm, de uso restrito.
Abelardo deve passar por audiência de custódia junto ao Judiciário, para que se decida se continuará preso ou responderá em liberdade.

Os policiais foram à casa do ex-prefeito, em cumprimento a mandado de busca e apreensão em operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), relacionada a investigações de esquemas de fraudes licitatórias em Bariri, Itaju e Limeira.

Na casa, os PMs encontraram três cartuchos de 7,62 mm, dois de 35 mm, um de 22 mm, um de 32 mm e dois de 38 mm. Com exceção dos de 7,62 mm, os outros são de uso permitido.

O delegado de Polícia André Luiz Ferreira de Almeida determinou a prisão de Abelardo, conforme os artigos 12 e 16 da Lei nº 10.826, de 2003 (Estatuto do Desarmamento).

O advogado André Racy, que defende Abelardo, diz que há um ano o ex-prefeito reside na casa onde morava a mãe dele.

Segundo ele, as munições pertenciam ao pai de Abelardo, que foi delegado em Bariri. Afirma que o cliente desconhecia a existência das munições no imóvel.

O Grupo de Atuação Especial de Cmbate ao Crime Organizado (GAECO) e a Polícia Militar deflagraram hoje a Operação Prenunciado III. Foram cumpridos cinco mandados de buscas e apreensão e um de prisão temporária nas cidades de Bariri, Itaju e Limeira. Houve uma prisão em flagrante. As investigações revelaram esquemas de fraudes licitatórias que contavam com apoio de policiais que, no dia das licitações, ameaçavam e coagiam pessoas a não participarem da concorrência.

Além disso, decidiam quem poderia ou não entrar na sessão licitatória. Com os contratos direcionados, pagamentos indevidos eram realizados a título de propina. Ao todo, as investigações, iniciadas em 2023, já redundaram em condenações que, juntas, superam 100 anos de prisão. As investigações prosseguem.