De acordo com um levantamento da ONU Mulheres e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, 140 mulheres e meninas foram vítimas de feminicídio todos os dias em 2023. Ou, se preferir, uma morte a cada 10 minutos.
Ao todo, foram 85 mil vítimas de feminicídio em todo o mundo, sendo que 60% desses homicídios foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. O continente africano registrou as maiores taxas de feminicídios, seguido pelas Américas e Oceania.
Vale destacar que o feminicídio é um crime de ódio no qual a pessoa é morta por ser mulher. No Brasil, o Instituto Patrícia Galvão, em parceria com a Consulting do Brasil, fez uma pesquisa que aponta que duas em cada dez mulheres já foram ameaçadas de morte por parceiros atuais ou ex-parceiros. Além disso, segundo o levantamento, seis em cada dez conhecem alguma que vivenciou essa situação.
A pesquisa, que entrevistou 1353 mulheres em outubro deste ano, também destaca que, para a maioria das brasileiras (60%), a sensação de que os agressores não pagam pelo mal que fazem, ou seja, a impunidade, tem relação com o aumento dos casos de feminicídio. Também é alta a sensação de que nem as autoridades policiais encaram as ameaças e denúncias formalizadas com a seriedade devida, pelo menos para 80% das entrevistadas. Todos esses dados foram divulgados nessa segunda-feira (25), que é o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.
