O corpo do maior boxeador peso-pesado do Brasil, o sergipano José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, será velado no Hall Monumental da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) nesta sexta-feira, dia 25.
Maguila faleceu na tarde de hoje, aos 66 anos, vítima de demência pugilística. Ele sofria de Encefalopatia Traumática Crônica, uma doença incurável e degenerativa causada por golpes frequentes na cabeça e da qual ele convivia há mais de uma década.
Ele atuou por 17 anos como profissional – somando um total de 85 lutas e 77 vitórias, sendo 61 por nocaute.
Campeão brasileiro, sul-americano, continental, das Américas e pela Federação Mundial de Boxe, Maguila foi um dos milhares de migrantes nordestinos que chegaram a São Paulo em busca de uma vida melhor. Trabalhou na construção civil e praticava boxe em seu tempo livre. Mesmo sem estrutura adequada, superou os obstáculos e escreveu o seu nome na “nobre arte” e na história do esporte.
Sua luta mais importante aconteceu em 15 de julho de 1989. Então segundo colocado no ranking do Conselho Mundial de Boxe, Maguila enfrentou o norte-americano e pentacampeão mundial Evander Holyfielfd. Apesar das expectativas, o brasileiro foi nocauteado no segundo round.
O boxeador encerrou sua carreira profissional no ano de 2000. Fora dos ringues, entre outras atividades, o ex-lutador criou o Instituto Adilson Maguila que, há mais de 15 anos, desenvolve atividades de inclusão ligadas ao boxe voltadas a crianças e adolescentes que vivem na periferia de São Paulo.
