O corpo do papa Francisco, que morreu na manhã desta segunda-feira (21) aos 88 anos, será sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, no centro de Roma. O sepultamento fora dos portões do Vaticano, a pedido do próprio papa, quebra uma tradição de mais de um século da Igreja Católica.
A Basílica papal de Santa Maria Maggiore é uma imponente igreja do século V localizada no centro de Roma, onde sete pontífices já foram sepultados. Francisco declarou no final de 2023 que queria ser enterrado neste local, e não na cripta da Basílica de São Pedro, como acontece há mais de três séculos.
A última vez que um papa foi enterrado fora dos portões do Vaticano foi em 1903, com o enterro do papa Leão XIII.
Sete papas já foram enterrados nesta basílica, o último deles Clemente IX, em 1669, além de outras personalidades, como o arquiteto e escultor Bernini, autor da colunata da Praça de São Pedro.
Jorge Bergoglio, muito ligado ao culto da Virgem Maria, costumava rezar neste templo, que oficialmente faz parte do território do Vaticano, na véspera ou no retorno de cada uma de suas viagens ao exterior.
O templo atual, uma das quatro basílicas papais de Roma, foi construído por volta de 432, a pedido do Papa Sisto III, no Monte Esquilino. Ele abriga algumas das relíquias mais conhecidas do catolicismo, como um ícone atribuído a São Lucas que retrata a Virgem Maria com o menino Jesus em seus braços.
Os fragmentos de madeira do berço do menino Jesus também são mantidos neste local.
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