Fonte: G1
Os pesquisadores da Universidade de São Paulo juntaram equipes das áreas de biologia, matemática, elétrica e mecatrônica para compreender melhor a engenharia da natureza.
Só na segunda semana de março em São Paulo , mais de 300 árvores caíram num temporal. Situação que também traz desafios em outras cidades, como em Bauru, que registrou um temporal na noite deste sábado (15), causando a queda de muitas árvores pela cidade.
O primeiro passo é usar um scanner para captar imagens em vários pontos diferentes. O que os pesquisadores buscam com o uso dos equipamentos é descobrir a melhor maneira de podar uma árvore para que ela continue saudável depois do corte.
Estudos já mostraram que a poda feita de maneira incorreta pode enfraquecer e até contribuir para queda da árvore.
“Pode ser uma ferramenta muito interessante para as equipes que fazem poda tanto dentro da cidade, nos parques ou em qualquer lugar. A equipe pode olhar aonde exatamente você deve cortar para que a árvore mantenha o seu equilíbrio. O ser humano não tem a capacidade de fazer essa poda tão precisamente como a gente consegue usando esse escaneamento”, explicou Marcos Silveira Buckeridge, professor titular do Instituto de Biocências da USP e vice-diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP.
laboratório, os pesquisadores analisam a imagem digital da árvore, captada pelo scanner 3D. Um programa de computador indica em azul a parte que deve ser cortada. O sistema foi criado por um aluno. É o “algoritmo da poda”.
“Uma grande esperança que tenho é que seja possível salvar as árvores ao invés de ter que removê-las para proteger a nossa infraestrutura. A gente consegue coexistir com elas de uma maneira que não danifica nem elas, nem a gente”, diz o estudante de engenharia Luís Otávio de Sousa, responsável pela algoritmo.
A ideia é conseguir aplicar essa técnica com qualquer espécie de árvore, em qualquer cidade.