CEI do Hacker encerra trabalhos e relator não vê crimes

Após 120 dias, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Bauru encerrou seus trabalhos na tarde desta quarta-feira, dia 25, com a realização da 13^ e última reunião ordinária.

Durante esse encontro do colegiado, foi apresentado o relatório final da CEI que apurou a contratação de um hacker para monitorar desafetos do governo Suéllen Rosim (PSD), como a vereadora Estela Almagro (PT) e o jornalista Nelson Itaberá, funcionário da Casa de Leis.

O relator da CEI, vereador Markinho Souza (MDB) concluiu em seu relatório de 21 páginas que, apesar da contratação do hacker Patrick de Brito, que está na Sérvia, ter sido intermediada pelo cunhado da prefeita, Walmir Vitorelli Braga, “não há provas contundentes contra a chefe do Executivo”.

No documento, o relator da CEI cita também que não há possíveis providências contra Walmir, que confessou ter repassado valores financeiros em depoimento à polícia, porque o cunhado da prefeita não ocupa cargo público.

Mesmo assim, o relatório sugere o encaminhamento do processo da CEI à Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo e à Polícia Federal.

O relatório de Markinho Souza recebeu o aval de quatro dos cinco integrantes da CEI: dos membros Marcelo Afonso e Pastor Edson Miguel, além do presidente José Roberto Segalla e do próprio relator. Já o vereador Luiz Eduardo Borgo abriu divergência e apresentou relatório independente onde afirma “estar configurado crime de responsabilidade por parte da prefeita Suéllen Rosim e pede a instauração de uma Comissão Processante.

Borgo encaminhará seu relatório e um requerimento ao presidente da Câmara, Junior Rodrigues, para ele decidir se leva o documento ao plenário, que é soberano, para apreciação e votação do pedido de CP.