Fonte: Agência Brasil
Imagine um mundo com mais mulheres cientistas. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), isso é fundamental para alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas. É também uma forma de promover acesso igualitário das mulheres ao emprego pleno e ao trabalho decente. Além disso, é necessário para que o mundo consiga cumprir suas metas para o desenvolvimento sustentável, garantindo que as mulheres tenham participação plena e efetiva nas políticas, programas e processos de tomada de decisão.
Por essas razões, em 2015, a Assembleia Geral da ONU instituiu o dia 11 de fevereiro como Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, convidando seus países membros a promoverem atividades que estimulem essa participação e busquem eliminar a discriminação.
Mas em países como o Brasil, combater apenas a desigualdade de gênero pode não ser o suficiente. De acordo com pesquisa do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Gemaa/UERJ, em 2023, as mulheres pretas, pardas e indígenas eram apenas 2,5% do número de professores em programas de pós-graduação nas áreas de ciências exatas, da terra e biológicas. Já as mulheres brancas somavam 29,2%, ainda bem abaixo do grupo majoritário, de quase 61%, composto por homens brancos.