Finanças do Vaticano: Brasil era o 3° maior doador do papa Francisco

Fonte: Veja Negócios

Com seu humor afiado, o Papa Francisco não perdia uma oportunidade de fazer piadas com os brasileiros, demonstrando, de um jeito peculiar, seu afeto pelo país. A simpatia do pontífice, que morreu na segunda-feira (21) rendeu também resultados práticos: os católicos do Brasil se tornaram importantes doadores para o Óbolo de São Pedro, fundo mantido pelo Vaticano para apoiar as obras de caridade apadrinhadas pelo pontífice.

Segundo a Secretaria de Economia do Vaticano – o equivalente ao Ministério da Economia de outros países -, o Brasil subiu gradualmente no ranking dos países que mais contribuem para o Óbolo até alcançar o terceiro lugar em 2023. Os números do ano passado ainda não foram divulgados.

No ano retrasado, os fiéis brasileiros doaram um total de 1,9 milhão de euros (cerca de 12,5 milhões de reais pelo câmbio atual) para o fundo de caridade. O montante equivale a 3,9% do total arrecadado pelo Óbolo em 2023 e ficou atrás apenas dos 13,6 milhões de euros doados pelos católicos dos Estados Unidos, e da contribuição de 3,1 milhões de euros dos italianos.

No total, os fiéis de todos os países contribuíram com 33,3 milhões de euros às obras de caridade de Francisco em 2023. Outros 15,1 milhões foram doados por ordens religiosas e fundações. Com isso, o fundo arrecadou um total de 48,4 milhões de euros há dois anos. O resultado é 11% maior que os 43,5 milhões coletados em 2022, quando o Brasil participou com 1,5 milhão de euros, ficando em quarto lugar.

O Óbolo de São Pedro é um dízimo especial, coletado por todas as igrejas católicas nas missas de celebração de São Pedro e São Paulo. A festividade ocorre uma vez por ano, em 29 de junho.

Apesar da boa colocação, o Brasil perde de países com um número menor de católicos. Segundo o Annuario Pontificio de 2025, o Brasil conta com 182 milhões de católicos – o maior rebanho do mundo. Os Estados Unidos, país que mais doou para o fundo do Papa Francisco, conta com 71 milhões de fiéis. A Itália, segunda maior doadora, reúne 50 milhões de seguidores.

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