Escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir Nísia Trindade, Alexandre Padilha (PT-SP) é médico de formação e ocupará o Ministério da Saúde pela segunda vez em sua carreira política. Isso porque ele já esteve à frenta da mesma pasta entre 2011 e 2014, durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
Padilha é conhecido por gerenciar as emendas durante sua passagem recente pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI), onde estava como ministro desde janeiro de 2023. Ele tem a seu favor o fato de ter liderado, na sua primeira passagem pela Saúde, uma das políticas públicas mais conhecidas das gestões petistas: o Mais Médicos.
Durante a última campanha presidencial de Lula, Padilha também foi escalado para a tarefa de dialogar com o setor empresarial, momento em que atuou como bombeiro para contornar declarações polêmicas do então presidenciável petista. Foi ele quem acalmou os ânimos do setor empresarial em relação aos rumores de que Lula revogaria a reforma trabalhista caso fosse eleito.
Integrante da ala mais pragmática do PT, Padilha foi um dos principais entusiastas da legenda com a indicação do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) como companheiro de chapa de Lula em 2022. Parlamentares petistas apontam que, na época, ele foi um dos maiores defensores de que Lula construísse uma postulação de frente ampla para tentar chegar ao Planalto novamente.
Deputado federal reeleito pelo PT de São Paulo, Padilha é médico infectologista pela USP, PHD em Saúde Pública pela Unicamp e professor universitário. Também assumiu as pastas da Saúde e Relações Institucionais durante a gestão de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo, entre 2015 e 2016.