PRESIDENTE PRUDENTE ADOTA O MÉTODO WOLBACHIA NO CONTROLE DO AEDES AEGYPTI
A cidade de Presidente Prudente, em São Paulo, é uma das primeiras cidades brasileiras a receber o método Wolbachia nesta nova fase de implementação, como parte da política de saúde pública no combate à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
A introdução de novas tecnologias de controle vetorial, como essa, faz parte do Plano de Ação 2024/2025, que visa reduzir os impactos das arboviroses. Desenvolvido pelo World Mosquito Program (WMP) em parceria com a Fiocruz, o método interfere na capacidade de transmissão do vírus pelo mosquito, tornando-o menos eficiente na disseminação da doença.
Presidente Prudente encontra-se na fase de engajamento comunitário, na qual as equipes do projeto, juntamente com os municípios parceiros, estão em contato com a população e com instituições como unidades de saúde, escolas, associações e ONGs. O objetivo é compartilhar informações sobre o método Wolbachia, esclarecer o trabalho que será realizado em campo e detalhar o processo de liberação e monitoramento dos mosquitos Aedes aegypti infectados pela bactéria.
Uma das metas do Ministério da Saúde é expandir a metodologia Wolbachia para mais 40 municípios em 2025.
A Wolbachia é uma bactéria encontrada em cerca de 60% dos insetos, incluindo alguns tipos de mosquitos, mas não ocorre naturalmente no Aedes aegypti. Quando introduzida nesse mosquito, a bactéria impede que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam, contribuindo para a redução dessas doenças.
O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti infectados com Wolbachia, que se reproduzem com os mosquitos locais, formando gradualmente uma nova “população” de mosquitos portadores da bactéria. Com o tempo, a proporção de mosquitos infectados aumenta até atingir um nível estável, eliminando a necessidade de novas liberações. Esse efeito torna o método autossustentável e viável a longo prazo.