Lei que institui programa de combate ao câncer de mama no Estado completa 10 anos

A Lei 15.689/2015, que tornou permanente o programa ‘Mulheres de Peito’ da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo completa 10 anos nesta terça-feira (28). Proposta pelo ex-deputado Orlando Morando e aprovada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a norma garante a continuidade do programa de prevenção ao câncer de mama no Estado.
Instituída em 2014 pelo ex-governador Geraldo Alckmin, a iniciativa permite que mulheres entre 50 e 69 anos realizem a mamografia sem pedido médico a cada dois anos e disponibiliza as carretas de mamografia que percorrem o estado.
De acordo com coordenadora das Carretas de Mamografia, Ana Carolina Nardi, o diferencial da iniciativa é facilitar o acesso ao exame e levá-lo para os municípios mais distantes, que muitas vezes não possuem os equipamentos necessários. “Em 2024 foram realizados 35 mil exames pelas carretas, um número significativo. Nós percorremos 66 municípios”.
A coordenadora também anuncia uma ampliação nos investimentos do Programa: “a partir de fevereiro teremos mais duas carretas em funcionamento. Hoje, são três, totalizando cinco carretas percorrendo o estado de São Paulo”.
Médica mastologista formada pela Faculdade de Medicina da USP, Denise Akerman explica que a idade é um dos fatores de risco mais importantes para o câncer de mama. “Mulheres entre 50 e 69 anos apresentam um risco maior para o desenvolvimento da doença. Mas, é importante lembrar que o câncer de mama não se limita apenas a essa faixa etária. Mulheres jovens e idosas também podem ser acometidas pela doença”.
A médica ressalta que a maioria dos casos de câncer de mama não estão relacionados a fatores genéticos. No entanto, cerca de 5% a 10% dos casos são hereditários. “As mulheres com histórico familiar de câncer de mama e também de câncer de ovário, principalmente nas parentes de primeiro grau como mãe, irmãs ou filhas, devem ficar mais atentas. Para essas pacientes costumamos recomendar um rastreamento mais precoce”.
“O diagnóstico precoce é de extrema importância. Quanto antes a gente descobre a doença, maiores são as chances de cura”