Prefeito de Agudos decreta estado de calamidade financeira com dívidas de R$ 45 milhões; ex-prefeito contesta

O prefeito de Agudos, Rafael Lima (Republicanos) decretou estado de calamidade financeira por 90 dias, com possibilidade de prorrogação. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (9), através de Diário Oficial.

A nova gestão assumiu o Executivo em meio a uma situação de grave comprometimento financeiro, caracterizada por uma dívida de R$ 45 milhões herdada da administração anterior, além de um financiamento de R$ 20 milhões. A primeira parcela efetiva deste financiamento deverá ser paga ainda neste mês de janeiro.

Do montante total, R$ 35 milhões referem-se a dívidas com fornecedores de diversas áreas da prefeitura. Entre os débitos, destaca-se a dívida com a SABESP, no valor aproximado de R$ 1,8 milhão, que incluiu o município no CADIN, impedindo-o de receber recursos e firmar convênios.

Outro ponto crítico envolve o INSS, com um débito superior a R$ 3 milhões. Esse valor, descontado dos salários dos funcionários, não foi repassado à entidade pela gestão anterior.

Além disso, a nova administração detectou um passivo de R$ 3,8 milhões referente a férias vencidas de servidores, sem contar as possíveis multas que podem ser aplicadas nesse caso.

Em relação ao decreto de calamidade, o prefeito constituiu uma Comissão Especial para desenvolver uma avaliação aprofundada da atual condição financeira da Administração Municipal. No prazo de 90 dias, será apresentado um relatório com a situação detalhada e as medidas a serem adotadas para a recuperação da saúde financeira do município.

OUTRO LADO

Em nota oficial, o ex-prefeito de Agudos, Fernando Octaviani (MDB) reagiu. ” Em relação ao vídeo divulgado pelo atual prefeito de Agudos, fica evidente que se trata de mais uma peça de marketing político promovida por ele, que parece não ter abandonado a postura de campanha, mesmo após três meses das eleições. É lamentável que, ao invés de agir com a seriedade que o cargo exige, ele continue priorizando estratégias para alimentar as redes sociais com números inflados e distorcidos”