O papa Francisco mencionou pela primeira vez as acusações de “genocídio” contra Israel em Gaza e pediu uma investigação, segundo um livro que está prestes a ser publicado e do qual foram divulgados vários trechos neste domingo (17).
“O que está ocorrendo em Gaza, que, segundo alguns especialistas, parece ter as características de um genocídio, deveria ser investigado com atenção para determinar se se enquadra na definição técnica que sustentam juristas e organismos internacionais”, afirmou Francisco.
Essas declarações são trechos do novo livro do pontífice argentino, “A esperança nunca decepciona”, que será lançado na terça-feira na Itália, Espanha e América do Sul, e que os jornais La Stampa e El País publicaram neste domingo.
O papa frequentemente relembra o extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, o “genocídio” dos armênios sob o Império Otomano, os tutsis em Ruanda e os cristãos no Oriente Médio.
Francisco lamenta frequentemente as vítimas civis em Gaza, mas esta é a primeira vez que usa publicamente o termo genocídio no contexto das operações militares israelenses no território palestino.