Na manhã desta sexta-feira (15), manifestantes se reuniram na Praça Rui Barbosa e percorreram a rua Batista de Carvalho até a Praça Machado de Mello para protestar contra a escala de trabalho 6 por 1, isto é, seis dias de trabalho por um de descanso.
O ato foi convocado por sindicatos, organizações e partidos políticos, como Apeosp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), e integra um conjunto de manifestações programadas para capitais em todo o Brasil.

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) informou que conseguiu as 171 assinaturas necessárias para a tramitação, na Câmara dos Deputados, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pede o fim da jornada de trabalho 6 por 1.
A Constituição Federal estabelece a jornada de oito horas diárias, com carga semanal de 44 horas. A PEC propõe a jornada de trabalho de, no máximo, oito horas diárias na escala 4 por 3, ou seja, quatro dias de trabalho e três de descanso.
Na justificativa, a deputada destaca o posicionamento da economista Marilane Teixeira, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), o qual defende que a adoção da redução da jornada de trabalho sem a diminuição de salário teria como consequência o impulsionamento da economia brasileira e a redução das desigualdades, “à medida que o aumento do consumo demandaria maior produção de serviços, resultando em mais contratações. Além de garantir mais postos de trabalhos, o que diminuiria os níveis de desemprego no país”, diz o texto da PEC.

Após a sua tramitação, a PEC precisa de 308 votos na Câmara e 44 no Senado, com dois turnos de votação em cada Casa, para ser para ser aprovada.